terça-feira, 9 de maio de 2023

Aos 9 anos, descobri Rita Lee com um coração no rosto. Desenhei um na mão, como me despeço hoje

Lídia Maria de Melo

Nem sei quantas vezes já contei esta história. Eu tinha 9 anos quando vi Rita Lee cantar nos Mutantes, grupo que formava com Sérgio Dias e Arnaldo Baptista. Era o festival de música da TV Record, de 1967. Eles acompanhavam Gilberto Gil, que defendia "Domingo no Parque". Rita aparecia fantasiada, tocando prato, e com um coraçãozinho desenhado no rosto. Toda ruiva. Toda linda. No dia seguinte, na escola, eu tatuei um coração na minha mão, usando canetas esferográficas vermelha e azul. Minha primeira transgressão. Nos anos 1980, bailamos ao som das canções que ela fez com Roberto de Carvalho. Em janeiro de 1995, tive o privilégio de vê-la cantar bem de perto, no maravilhoso show que ela fez antes dos Rolling Stones subirem ao palco no Estádio do Pacaembu. Miss Brasil 2000. Hoje, parece mentira que nossa Rainha do Rock se foi. Desenho de novo o coraçãozinho na mão, em sua homenagem. Com lágrimas nos olhos.
Anúncio da família
sobre a morte de Rita Lee



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário. Assim que for lido, será publicado.
Volte mais vezes. Se desejar resposta individual, deixe seu e-mail.
De todo modo, identifique-se, para facilitar o direcionamento da resposta.