segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Povo que lutou por democracia ocupa Brasília na posse de Lula e entrega a faixa presidencial

 Lídia Maria de Melo

O Brasil está de volta à civilidade.
2022 foi-se embora. Levou nas costas a fama de ano louco.
Agora, o calendário virou a página. Ontem, dia 1º de janeiro de 2023, já foi outro dia, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato.
O Planeta Terra voltou a ser redondo, graças à resistência das pessoas que não se curvaram à panaceia dos últimos quatro anos.
2023 chegou e precisamos de coragem para recomeçar e recuperar  o Brasil. De mãos dadas somos mais fortes.
O slogan do novo Governo Federal, neste terceiro mandato de Lula, representa bem esse pensamento: "Brasil - União e Reconstrução".
A multidão que foi aclamar Lula ontem em Brasília também dá a medida correta dessa filosofia.
Os que ali estavam não eram fanáticos, mas pessoas que lutaram pelo restabelecimento da democracia no País.
Havia um clima de felicidade no ar e, quando os repórteres entrevistavam os que se aglomeravam na Praça dos Três Poderes, esperando que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto, cada um sabia dizer com muita clareza e propriedade o motivo pelo qual decidiu participar da posse.


Povo ocupa a Praça dos Três Poderes
Foto de Warley Andrade/Agência Brasil - EBC

Entre os presentes, havia muitos professores. Alguns, da cidade de Santos. Por eles, eu me senti representada.
Quem transmitiu a faixa governamental ao novo presidente foram pessoas do povo. Isso só foi possível, porque o presidente anterior recusou-se a participar da solenidade de transmissão do cargo, escapando pela porta dos fundos.
Na verdade, ainda bem que ele se omitiu, porque abriu espaço para que os organizadores da solenidade tornassem o povo protagonista desse momento importante.

Já com a faixa presidencial, 
Lula e os representantes do povo
acena para a multidão
Foto de Tânia Rego/Agência Brasil - EBC

A faixa presidencial acabou sendo entregue a Lula por:
Francisco Carlos do Nascimento, um menino de 10 anos, filho de uma assistente social e de um advogado, morador de Itaquera, em São Paulo, corintiano e nadador que ganhou o primeiro lugar no campeonato da Federação Aquática Paulista em 2022. 
Aline Souza, catadora de material reciclável, mãe de sete filhos e presidente da Rede Centcoop -DF, que reúne catadores do país. Foi ela que colocou a faixa presidencial em Lula, após passar pelas mãos dos demais.
Cacique Raoni Metuktire, líder indígena da aldeia Kraimopry-yaka, de 93 anos, conhecido mundialmente, por sua luta em favor da Amazônia e dos povos da floresta.  Amigo do cantor inglês Sting, é da etnia caiapó e habita a região do Rio Xingu.
Weslley Viesba Rodrigues Rocha,  metalúrgico de 36 anos, que trabalha no ABC paulista e é formado em Educação Física, com benefício do Fies (Programa de Financiamento Estudantil). Atua tabém como DJ no grupo de rap Falange.
Murilo Quadros de Jesus, professor universitário, formado em Letras pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Jucimara Fausto dos Santos, cozinheira que mora em Maringá, no Paraná.
Ivan Baron, ativista potiguar em defesa da inclusão e engajado na luta anticapacitista. Aos 3 anos de idade teve meningite viral, o que lhe causou paralisia cerebral.
Flávio Pereira, artesão paranaense que esteve presente durante 580 dias de vigília, enqaunto Lula foi mantido preso em Curitiba (PR).


A catadora Aline Souza coloca a faixa presidencial
no presidente Lula.
Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil - EBC


O nadador Francisco Carlos, de 10 anos,
foi um dos escolhidos para 
entregar a faixa a Lula.
Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil - EBC

Lula e o cacique Raoni, da etnia caiapó,
que tem 93 anos, habita a região do Rio Xingu
e é conhecido internacionalmente por
sua luta em favor da Amazônia e
dos povos das florestas. 
Foto de Tânia Rego/Agência Brasil - EBC


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