Caderno Especial do jornal A Tribuna, de Santos, em 6 de março de 2001. |
Foto de Adalberto Marques de 8 de outubro de 1994 mostra Bruno Covas, aos 14 anos (de boné), ao lado da avó, dona Lila, do avô, Mário Covas, do irmão, Gustavo, e da mãe, Renata Covas Lopes. |
Texto de Lídia Maria de Melo
Fotos Reprodução
Com a morte precoce de Bruno Covas, prefeito de São Paulo, não há como não lembrar de Mário Covas, seu avô.
Covas, o Mário, era governador do Estado quando faleceu em 6 de março de 2001, também por câncer.
Eu e colegas jornalistas que trabalhávamos no jornal A Tribuna acompanhamos o período de internação do então governador no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.
Como editora, ajudei a coordenar uma equipe de repórteres que se revezavam no plantão diante do InCor.
Também participei da elaboração do caderno especial que foi publicado no dia 6 de março de 2001, em paralelo à edição normal do dia. Mário Covas faleceu de manhã bem cedo, às 5h30. Então, o caderno especial, que já estava editado, foi rodado na gráfica.
Quando chegou às bancas, esgotou. A população passou a ligar para o jornal na tentativa de obter um exemplar que, por sinal, trazia uma foto em que Bruno Covas aparece, aos 14 anos, junto com o avô, Mário Covas, a avó, dona Lila, a mãe, Renata Covas Lopes, e o irmão, Gustavo Covas Lopes. O sepultamento ocorreu no dia seguinte, 7 de março, e contou com a presença de políticos de todo o Pais, inclusive do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC), na companhia de dona Ruth Cardoso, que era antropóloga.
Em frente à Catedral de Santos, foi realizada uma salva de tiros. Emocionante!
A população se aglomerava para acompanhar. Chegar ao Cemitério do Paquetá, exigiu um esforço.
Acompanhei o sepultamento, ao lado da então editora-chefe do jornal, Miriam Guedes de Azevedo.
Toda a cobertura foi publicada no jornal do dia 8 de março de 2001, cujo expediente traz os nomes dos jornalistas que fizeram a cobertura e trabalharam naquela edição.
No dia 7, data do enterro, tive dificuldades para chegar da Ponta da Praia até o Centro de Santos, indo pelo Porto.
Isso porque parte do trajeto portuário estava interditado, para que o helicóptero que levaria o presidente FHC e dona Ruth pudesse pousar na direção da Rua João Pessoa.
Fui vencendo as barreiras policiais, mostrando minha credencial d´A Tribuna. Assim, consegui chegar ao jornal naquele dia.
Hoje, lamento profundamente a morte precoce de Bruno Covas.
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