Azaleias - Foto de Lídia Maria de Melo |
Alguns
dizem que, enquanto dormimos, nosso espírito costuma sair a passear. Não sei se
creio nessas peripécias. Mas, se ocorrem de fato, hoje, um amigo veio me
visitar.
Não
nos vemos, nem nos falamos, há pelo menos dez anos. Mesmo assim, ele apareceu.
Enquanto
eu revisava textos de alunos em sala de aula, abaixou-se ao lado de minha mesa
e disse que iria me esperar. Concordei, feliz.
A
primeira vez que ele se aproximou de mim, eu era uma jovem determinada e cheia
de planos. Cursava o terceiro ano da faculdade. Alguém chamou meu nome no
corredor e ele reconheceu o mesmo que assinava as reportagens que sempre
chamavam sua atenção no nosso jornal-laboratório.
Dali
em diante, partilhamos muitas histórias, ao sabor de torta de banana açucarada
e mousse de manga.
Hoje,
até tentei me apressar, mas a conversa não se consumou. Sonho é sempre sonho.
Acordei, antes de podermos nos reconectar.
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