domingo, 8 de dezembro de 2019

Por um triz. Sonho é sempre sonho

Azaleias - Foto de Lídia Maria de Melo
Lídia Maria de Melo (texto e foto)
Alguns dizem que, enquanto dormimos, nosso espírito costuma sair a passear. Não sei se creio nessas peripécias. Mas, se ocorrem de fato, hoje, um amigo veio me visitar.
Não nos vemos, nem nos falamos, há pelo menos dez anos. Mesmo assim, ele apareceu.
Enquanto eu revisava textos de alunos em sala de aula, abaixou-se ao lado de minha mesa e disse que iria me esperar.  Concordei, feliz.
A primeira vez que ele se aproximou de mim, eu era uma jovem determinada e cheia de planos. Cursava o terceiro ano da faculdade. Alguém chamou meu nome no corredor e ele reconheceu o mesmo que assinava as reportagens que sempre chamavam sua atenção no nosso jornal-laboratório.
Dali em diante, partilhamos muitas histórias, ao sabor de torta de banana açucarada e mousse de manga.
Hoje, até tentei me apressar, mas a conversa não se consumou. Sonho é sempre sonho. Acordei, antes de podermos nos reconectar.

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