Kimberly-Clark Health Care
Na semana passada, uma menina de 12 anos morreu em São Paulo, porque recebeu vaselina líquida na veia em vez de soro. Outro dia, um garotinho foi submetido, por engano, a uma cirurgia na boca e no umbigo. Ele deveria ter sido operado de fimose.
Quando as autoridades de Saúde se manifestam sobre os casos, recomendam que os pacientes fiquem mais atentos aos medicamentos que irão tomar nos hospitais.
Diante de tantos erros, é claro que o mais seguro é estar alerta mesmo. Eu, por exemplo, não me canso de ser chata em relação a mim e a meus familiares. Pergunto, pergunto, pergunto, questiono, questiono, cobro..., mas certamente médicos e enfermeiros abominam quem age assim.
Além disso, não cabe aos pacientes ficar se preocupando com aspectos que deveriam ser da competência dos profissionais da área de Saúde. Isso provoca enorme insegurança.
No caso de uma criança, por exemplo, como é que ela vai controlar no centro cirúrgico se o médico está ou não realizando o procedimento correto? Como os pais podem fiscalizar, se eles permanecem do lado de fora da sala de cirurgia, no setor de espera?
No início deste ano, eu e uma criança da família fomos tomar vacina contra a febre amarela em um posto de saúde. A funcionária (não sei se auxiliar de enfermagem ou técnica) preparou vacina contra o vírus H1N1. Nós já havíamos tomado essa dose em outra ocasião. Por sorte, percebi o engano e alertei-a. Ela se distraiu, porque estava conversando com a mãe de uma criança que acabara de ser imunizada contra a gripe.
Quando me submeti à segunda cirurgia em meu pé esquerdo, meu nariz entupiu e minha língua ficou grossa devido ao longo tempo sem beber água e ao ar condicionado da sala de cirurgia. Não conseguia respirar.
Durante um período, não pude avisar aos médicos sobre minha condição, porque eu permanecia de bruços e todos na sala estavam atrás de mim.
Somente quando o anestesiologista se postou diante de mim, é que pude informá-lo sobre meu estado. Ele agiu adequadamente e rápido. Primeiro, me deu uma gase molhada para espremer entre os dentes, o que fez a língua voltar ao tamanho normal imediatamente. Depois, pingou remédio para desobstruir minhas narinas.
Se isso tivesse ocorrido na primeira cirurgia, não sei o que aconteceria, porque não vi o anestesiologista (um outro profissional) depois que ele me aplicou o anestésico (ráqui, que só amortece da cintura para baixo).
Essas situações ilustram problemas que pacientes enfrentam diariamente em clínicas e hospitais.
Infecções
Não bastasse tudo isso, as infecções associadas aos cuidados da saúde (IACS) e as bactérias, como a SARM, são outras fontes de preocupação no setor de Saúde.
Na tentativa de combatê-las, pacientes são aconselhados de novo a cobrar que médicos e enfermeiros observem medidas contra esse perigo. (Outro dia escrevi sobre o assunto. Veja aqui).
Preocupada com o tema, a empresa Kimberly-Clark lançou a campanha Infecção, Aqui Não, dirigida a profssionais da Saúde, a pacientes e familiares. Veja as orientações:
Limpeza e higiene pessoal :
•Lavar as mãos. Esfregar por pelo menos 15 segundos com água morna e sabão. Usar álcool-gel se não tiver acesso a água e sabão. Vale para médicos, enfermeiros, pacientes e familiares.
•De três a cinco dias antes da cirurgia, tomar banhos diários com sabão contendo 4% de clorexidina, disponível em farmácias.
•Quando já estiver no hospital, pedir a médicos e enfermeiros para lavar as mãos antes de tocar no paciente. Exigir isso também de visitantes. Não ter vergonha! Sua vida vale o constrangimento.
•Certificar-se de que a equipe médica higienizou a área da cirurgia antes do procedimento, pois bisturis e outros instrumentos cirúrgicos arrastam as bactérias da pele para a incisão.
Equipamentos:
• Pedir que estetoscópios sejam limpos na sua presença, porque são fontes de contaminação cruzada por bactérias, após usados em cada paciente. Isso vale para todos os equipamentos médicos.
•Certificar-se de que as equipes hospitalares limpam e desinfetam todas as superfícies que você deve tocar, como grades de cama, cortinas e pias. Evitar colocar comida ou utensílios nos móveis ou na cama.
•Certificar-se de que o catéter esteja adequadamente limpo quando inserido e removido e de que outro, novo e limpo, seja inserido a cada 3 ou 4 dias. Se alguma irritação aparecer na área em que for inserido, comunicar a enfermagem imediatamente.
•Monitorar ataduras e drenos e avisar a enfermagem se eles estiverem soltos ou molhados.
•Evitar o uso de catéteres urinários o máximo possível. Se precisar de um, pedir que seja removido de um a dois dias – o quanto antes melhor.
Exames: •Fazer um exame para verificar a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) pelo menos uma semana antes de ser internado. Você pode já ter SARM e não saber!
•Controlar a quantidade de açúcar no sangue se tiver diabetes.
Medicação:
•Perguntar ao médico sobre a administração de antibióticos antes da cirurgia. Para algumas cirurgias, é possível receber uma dosagem preventiva.
Estética e Conforto:
•Se precisar de depilação, usar depiladores elétricos no dia da cirurgia em vez de lâminas, que podem provocar cortes na pele, aumentando a exposição às bactérias causadoras de infecção. •Pedir ao médico que o mantenha aquecido durante a cirurgia. Estudos provam que procedimentos simples como manter os pacientes aquecidos diminui as chances de infecção.
•Pedir a quem estiver tossindo que use máscara ou que fique pelo menos dois metros longe de você, a fim de evitar o contágio pelo ar.
•Se familiares e amigos não estiverem se sentindo bem, pedir a eles que esperem para visitá-lo quando melhorarem. Conversar com eles por telefone enquanto se recupera.
CampanhaA campanha nacional Infecção, Aqui Não prevê o fornecimento, para instituições de saúde, de kit com folhetos informativos, cartazes e dicas de proteção para os pacientes.
O programa inclui ainda educação contínua sobre as práticas ideais, instruções e pesquisas disponíveis para reduzir a incidência de Infecções Associadas aos Cuidados da Saúde.Para mais detalhes, consulte www.pt.HAIwatch.com
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