sábado, 1 de março de 2025

Além do santista Rubens Paiva, ditadura prendeu e torturou cerca de 500 pessoas em Santos

 Lídia Maria de Melo

Na esteira da torcida pela atriz Fernanda Torres e pelo filme Ainda estou aqui, na cerimônia do Oscar, amanhã (2/3/2025), o jornal Diário do Litoral publicou, na edição de hoje, uma matéria de página sobre a ditadura em Santos. Na condição de entrevistada, colaborei para esse trabalho do colega jornalista Nilson Regalado. Para quem não sabe, sou jornalista e autora do livro Raul Soares, um navio tatuado em nós, que relata, a partir de meu ponto de vista, as consequências do golpe de Estado de 1964 em minha família, após a prisão de meu pai, que era sindicalista e funcionário da Companhia Docas de Santos (CDS). Também narra as experiências dele na prisão efetuada pelo DOPS, no Palácio da Polícia, em Santos, e no navio Raul Soares, no Porto de Santos. Na época, eu tinha 6 anos de idade, e acompanhei tudo e também visitei meu pai dentro desse navio, sob a escolta de policiais marítimos e fuzileiros navais armados de fuzis e metralhadoras. Como vocês podem ver, Santos foi uma cidade bastante atingida pelo golpe militar de 1964 e pela ditadura, ao longo de 21 anos. Quem comandou a repressão em Santos, em 1964, foi o então capitão dos Portos do Estado de São Paulo, Júlio de Sá Bierrenbach, que tinha a patente de capitão de mar e guerra. Este ano, publicarei mais um livro sobre esse tema, mas com novas informações e enfoques, além de muita pesquisa. Nele, realizo um trabalho em que emprego as técnicas adquiridas em minhas áreas de formação: Letras (professora), Comunicação Social (jornalista), Ciências da Comunicação (pesquisadora) e Direito (advogada). Deixo aqui uma cópia da página do jornal. Acho que, para ler no computador, é melhor fazer download da imagem e salvar. Assim, fica mais fácil para ampliar. No celular, acredito que também é melhor salvar, ou ir ampliando com o dedo indicador e o polegar (rsrs). Vale a pena a leitura de reportagem. E também a torcida pela Fernanda e pelo filme. Nunca me canso de dizer que Walter Salles faz poesia em forma de filme, mesmo que seja um drama.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário. Assim que for lido, será publicado.
Volte mais vezes. Se desejar resposta individual, deixe seu e-mail.
De todo modo, identifique-se, para facilitar o direcionamento da resposta.