Fui tomar um lanche na noite dessa sexta-feira no Jabaquara, bairro vizinho à Vila Belmiro, em Santos. Sentei-me bem perto de quatro rapazes. Sem observar direito, pensei que fossem jornalistas, como eu. Não paravam de falar sobre futebol e do Santos F. C.
À espera de uma xícara de chocolate quente e de um misto frio no pão francês, prossegui a leitura do livro Um Doce Aroma de Morte, do mexicano Guillermo Arriaga.
Antes que o garçom trouxesse meu pedido, observei que um dos quatro rapazes eu conhecia. Não recordava do nome e não sabia exatamente quem era. Forcei minha memória e me lembrei de um jogador do Santos.
Sim, não tinha dúvidas, era ele. Continuei fazendo de conta que não estava prestando atenção. Eles não imaginavam que eu fosse uma jornalista. Continuaram citando valores para um possível contrato e o período de duração.
Assim que terminei de comer o lanche, dirigi-me ao caixa e perguntei ao funcionário o nome do jogador. Ele me respondeu que era surfista e nada entendia de futebol.
Pela reação de dois garotos que entraram na lanchonete, vi que estava no caminho certo. Aquele rapaz tinha sido um jogador santista e depois corintiano. Pensei: Deivison!
Minutos depois, confirmei: era o atacante Deivid, que passou pelo Santos, pelo Corinthians e hoje joga na Turquia.
Na conversa, falava-se de o Santos pagar R$ 200 mil. Imagino ser o salário mensal. Deivid queria por mais tempo, mas o Santos só daria por três anos. Supus que se referiam ao tempo de contrato.
Está aí uma das opções para substituir o André, que segue para a Ucrânia, onde jogará no Dínamo, de Kiev. O contrato é de cinco anos. Tomara que ele se dê bem. O Elano chorou muito quando foi para a Ucrânia. O frio muito intenso o impedia de mostrar seu futebol. Como estava casado, Elano tinha com quem desabafar e quem o apoiasse. Sua mulher.
André é solteiro. Precisará de apoio, porque as dancinhas, a festa dos Meninos da Vila ele não vai encontrar na gélida Ucrânia.
Quanto à confirmação de Deivid, vamos aguardar. Ele poderá até se aborrecer por uma jornalista ter ouvido sua conversa, mas eu credito isso ao acaso. Não procurei. A notícia é que veio até mim.
Mas vale uma ressalva: aquele encontro na mesa ao lado da minha tinha ares de negociação. Nada estava fechado.
Amiga Lidia, boa noite. Acredite: quando li que você presenciou o encontro entre peixeiros e um possível novo contratado do time da Vila Belmiro, pensei em te sugerir que escrevesse - e descrevesse - o encontro em detalhes. E que depois entregasse o texto ao editor de Esportes. Se você vai entregar ou não, é outra história. O importante é que você escreveu e publicou em seu blogue. Parabéns!!!
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