sábado, 24 de outubro de 2009

Site reúne acervo do Prêmio Vladimir Herzog

Foto de Mingo Duarte,
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A partir deste sábado, os trabalhos vencedores do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, desde a sua primeira edição, em 1979, serão disponibilizados no site http://www.premiovladimirherzog.org.br/.
Fui premiada em 1997, na categoria Literatura, com o conto Bala Perdida.
A busca pode ser feita pelo nome do autor do trabalho premiado (a relação está por ordem alfabética), pelo ano de premiação ou por mídias.
Este link http://sites.unisanta.br/faac/espaco/balaperdida.html dá acesso ao meu conto digitalizado no site da Universidade Santa Cecília (Unisanta), porque na época eu leciona lá e houve uma publicação on-line.
O projeto do site do Prêmio Vladimir Herzog foi elaborado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e pelo Centro de Informação da ONU para o Brasil em parceria com o Instituto Vladimir Herzog e o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.
Filho deVladimir Herzog, jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975, Ivo Herzog explica que o novo portal tem um importante objetivo de preservar o acervo do prêmio que leva o nome de seu pai.
“Foi feito um trabalho exaustivo de pesquisa e conseguimos os arquivos completos de quase todos os trabalhos. Esse é um registro histórico e uma forma de preservar e democratizar todo o conteúdo já premiado”.
Ele acrescenta que ainda faltam 205 reportagens para serem digitalizadas. “São materiais cujos arquivos se perderam. Portanto, pedimos aos premiados que verifiquem o site e nos ajudem a completá-lo”.
Na segunda-feira, será realizada a cerimônia de premiação dos vencedores deste ano. O repórter-fotográfico Alexsander Ferraz receberá na categoria Fotografia. Ele retratou a dor do pai e do marido de uma jovem mulher, ao constatarem que ela está morta, dentro do próprio carro após ter sido baleada por uma dupla de assaltantes, numa manhã de outubro do ano passado. Ao lado deles, estão policiais militares perplexos.
Alex foi meu aluno na terceira série do Ensino Fundamental no Colégio Don Domênico, em Guarujá, quando era criança e eu, uma professora jovenzinha. Hoje, trabalhamos juntos no mesmo jornal, onde há outro premiado com o Vladimir Herzog, o repórter-fotográfico Adalberto Marques (1981).
Em tempo: os vencedores do prêmio recebem um troféu idelizado pelo artista plástico Elifas Andreato.

2 comentários:

  1. Muito legal esse incentivo à memória jornalística de nosso País. Prova de que, mesmo com toda a campanha promovida pelas autoridades políticas e patrocinadores, com o objetivo de enfraquecer as raízes de nossa ética e confundir nosso compromisso com a comunidade, ainda é possível emprestar à profissão alguma dignidade. Sendo assim, que possamos não apenas sonhar com um mundo melhor, mas torná-lo possível com o nosso próprio esforço, como Herzog acreditava.

    Parabéns a você e aos nossos colegas pela coragem!





    Com carinho,


    Maurício

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  2. Ainda bem que tomaram tal iniciativa. Perder a memória seria o mesmo de deixar de existir, de forma plena. As futuras gerações merecem saber o que teve o devido reconhecimento publico no âmbito jornalístico no passado.

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