Em 1998, um profissional renomado e muito simpático leu meu
conto "Bala Perdida", que me valeu o Prêmio Vladimir Herzog, e fez
este comentário, a pretexto de me elogiar: "Você escreve tão bem quanto um
homem". (Aqui conto o milagre, mas não revelo o santo).
Duas colegas jornalistas testemunharam a cena e ficaram furiosas. Um colega jornalista disse-me hoje que se lembra com detalhes do fato e que nunca conseguiu se esquecer daquela frase infeliz dirigida a mim.
Duas colegas jornalistas testemunharam a cena e ficaram furiosas. Um colega jornalista disse-me hoje que se lembra com detalhes do fato e que nunca conseguiu se esquecer daquela frase infeliz dirigida a mim.
Essa situação foi semelhante à protagonizada em 1989 por
Mário Amato, então presidente da Fiesp. Referindo-se à então ministra do
Trabalho, Dorothea Werneck, ele disse a jornalistas: "Ela é muito
inteligente, apesar de ser mulher".
A reação de Dorothea foi o riso. A minha também. Fazer o
quê?
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