quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Elis Regina, há 29 anos uma dor pungente



19 de janeiro de 1982 caiu numa terça-feira. Eu prestaria as últimas provas do vestibular para o curso de Comunicação Social (opção Jornalismo) da Faculdade de Comunicação de Santos, mantida pela Sociedade Visconde de São Leopoldo, depois Universidade Católica de Santos (UniSantos).
Naquela época, o vestibular era realizado em quatro dias. Em cada um deles, o candidato precisava responder a questões objetivas referentes a duas disciplinas (Matemática e Biologia; História e Geografia; Química e Física; e Língua Portuguesa (que incluía Gramática, Literaturas Brasileira e Portuguesa e Redação). O tema da Redação foi uma frase do papa João Paulo II.
As provas eram à tarde. Pela manhã, precisei ir ao pronto-socorro, porque um furúnculo em minha coxa esquerda estava supurando. Havia o risco de eu não poder fazer as provas.
Voltei para casa um pouco depois das 11 horas. Não demorou muito para que eu ouvisse no rádio a notícia de que a cantora Elis Regina acabara de falecer em São Paulo.
Foi um choque!
A partir dali, TVs e rádios não falavam em outra coisa. Ninguém conseguia acreditar que o Brasil perdia, de repente, uma de suas maiores intérpretes, que tinha somente 36 anos.
Leia no arquivo do jornal Folha de S. Paulo uma parte do texto  publicado no dia seguinte, sob o título O Brasil sem Elis Regina. Clique aqui.
No Rio, o Jornal do Brasil estampou: Calou-se a voz mais alegre do Brasil.

Quando o corpo da Pimentinha gaúcha foi sepultado, uma multidão acompanhou o cortejo. A causa de sua morte só fez crescer a comoção.
A reportagem da revista Veja  chocou ainda mais os fãs da cantora que imortalizou inúmeras canções da MPB. Leia aqui  .

Até os 13 anos, usei cabelo comprido. Minha mãe me fazia tranças de vários modelos. Até que decidi mudar o visual. O corte ficou, de novo, a cargo de minha mãe. Ela se baseou no que Elis usava. Conhecido como manga chupada, era todo bem curto com apenas alguns fios mais compridinhos na nuca.


Não preciso falar sobre o poder vocal de Elis e nem de seus sucessos. Isso todo mundo sabe. A geração que não a conheceu, e ainda não a ouviu, precisa tomar essa providência correndo.

Em tempo: minha intenção era publicar este post ontem, mas um problema no navegador (só solucionado após a meia-noite) consumiu muito tempo e me atrasou.
19 de janeiro era também o aniversário de nascimento da musa da Bossa Nova, Nara Leão, que morreu precocemente de câncer no cérebro em 1989.

Um comentário:

  1. Eu tinha quase cinco anos, quando ela morreu. Lembro deste dia, mas não entendia bem o que significava a morte.
    Acho que sempre gostei da Elis. "Romaria" era minha canção preferida, quando era criança.
    João Marcelo, filho da cantora, não aceita a versão oficial da causa do falecimento da mãe, dada pelas autoridades. Ele estava lá, nesse fatídico dia.
    Independente de qualquer coisa, a cantora Elis Regina é imortal. Seu talento continuará impressionando várias gerações.

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