sábado, 7 de novembro de 2009

Maracatu Quiloa

Num domingo à tarde, um batuque forte me chamou a atenção. O ritmo que convidava à dança vinha da Praça Caio Ribeiro de Moraes e Silva, um lugar tomado por árvores gigantes.
Apanhei minha câmera digital e fui saciar minha curiosidade. Em poucos minutos estava diante de rapazes, moças e uma criança, que trajavam roupas coloridas. Uns dançavam desinibidos, enquanto outros tocavam instrumentos vários.
Era o Maracatu Quiloa, que fazia seu arrastão na praça em frente ao Sesc, no bairro Aparecida, em Santos. Ali, nas tardes de domingo, é montada uma feira de artesanatos.
Pois era nos estreitos corredores formados pelas barracas dos expositores que o Quiloa deslizava seu ritmo e entoava suas canções, denominadas loas.
Imediatamente coloquei a filmadora para funcionar. O resultado pode ser conferido no vídeo abaixo.




Fundado em 5 de outubro de 2003, o grupo tem por objetivo difundir o maracatu de baque virado, manifestação cultural originária de Pernambuco que utiliza instrumentos de percussão, como alfaias, agbés, gonguês, caixas, ilus, atabaques e mineiros.
O Quiloa tem sede no número 99 da Rua General Câmara, no Centro de Santos. Na esquina dessa rua com a Itororó, seus integrantes ensaiam às quartas-feiras, a partir das 19h30.

Entre suas canções, está ''Saia'': Bota a saia pra rodar/bota o corpo pra mexer/isso é maracatu/ de baque virado pra valer (bis)/ O caixeiro vai chamar/o bombo estremecer/toque agbê, mexe o ganzá/ esse é o quiloa pra você''.
O grupo foi alvo de matéria no jornal A Tribuna de ontem (texto de Vinícius Holanda, foto do Alberto Marques e edição minha) e no site do jornal, que exibiu ainda parte de meu vídeo.
Se desejar conhecer mais, acesse o blog do Quiloa.

2 comentários:

  1. Belíssima contribuição essa, Lídia, para a preservação de manifestações culturais que vão sendo substituídas por uma 'globalização cultural' sem rosto e sem gosto. Parabéns!

    Abraço.

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  2. Maracatu que Alceu Valença tanto cantou e ainda canta pelo País afora. Realmente a manifestação é bela mesmo e merece ser ressaltada, mas não pelo inusitado, e sim, pela sua riqueza cultural.

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